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Minha cota, Prefiro em Cerveja

  Antes de qualquer coisa, quero deixar bem claro, minha etnia é africana, então entes de tecerem algum comentário contrario ao que vou apresentar neste texto, leiam e pesquisem o contexto histórico.

 

  Não creio que nos dias de hoje, temos que nos deparar com feriados étnicos destinados á um só grupo, aja visto que na historia, não somos tão necessitados assim, ou ainda, usam de argumentos que fomos trazidos á força pelos colonizadores europeus.

Diferentemente do que imaginam alguns, a escravidão é mais antiga que a própria humanidade, sendo que povos eram escravizados quando perdiam suas guerras, um belo exemplo disso são os Hebreus, povo escravizado pelos egípcios, mas estes escravos tinham direitos e comumente conseguiam comprar sua liberdade.

 

  Agora entro na questão polêmica, os europeus não entravam em terras africanas e capturavam simplesmente os negros, eles COMPRAVAM esses escravos dos reis africanos que viviam em guerra, e até hoje muitos não se reconhecem como africanos, mas sim como etnias ou grupos. Só para citar alguns exemplos, hoje temos vários conflitos armados no continente Africano:

•Conflito no Congo

•Guerra civil no Mali

•Guerra na Argélia

  O grande líder negro, Zumbi dos Palmares, estava longe de ser um herói da democracia. "Mandava capturar escravos de fazendas vizinhas para que eles trabalhassem forçados no Quilombo dos Palmares. Também sequestrava mulheres, raras nas primeiras décadas do Brasil, e executava aqueles que quisessem fugir do quilombo". A vocação para o poder de Zumbi vinha de família. Ele descendia dos Imbangalas, considerados os "senhores da guerra" na África Centro-Ocidental. Ou seja, nada mais natural que se considerasse no direito de ter seus próprios servos.

Nem todos os negros eram subjugados. Quando chegavam ao Brasil na condição de monarcas, os negros não sofriam os mesmos maus-tratos dos escravos. Alguns vinham até para estudar, como é o caso dos filhos do rei Kosoko, de Lagos, hoje capital da Nigéria. O pai enviou os filhos ao Brasil "provavelmente de carona num navio negreiro cheio de escravos vendidos por ele".

 ( http://educacao.uol.com.br/noticias/2011/05/13/zumbi-era-um-lider-autoritario-e-tinha-escravos-veja-as-polemicas-sobre-a-escravidao-no-brasil.htm )

  No final da escravidão no Brasil, se deu um impasse, o que fazer com os negros?

A escravidão chegou ao fim, o ex-escravo tornou-se igual perante a lei, mas isso não lhe deu garantias de que ele seria aceito na sociedade, por isso os recém-libertos passaram dias difíceis mesmo com o fim da escravidão. Diferente do que aconteceu nos Estados Unidos, no Brasil, após o fim da escravidão, os ex-escravos foram abandonados à própria sorte. Nos Estados Unidos, com o fim da Guerra da Secessão, a vitória do Norte sobre o Sul implicou na emancipação total dos escravos e eles foram amparados por uma lei, que possibilitou assistência e formas de inserção do negro na sociedade.

  No Brasil, sem acesso a terra e sem qualquer tipo de indenização por tanto tempo de trabalhos forçados, geralmente analfabetos, vítimas de todo tipo de preconceito, muitos ex-escravos permaneceram nas fazendas em que trabalhavam, vendendo seu trabalho em troca da sobrevivência. Aos negros que migraram para as cidades, só restaram os subempregos, a economia informal e o artesanato. Com isso, aumentou de modo significativo o número de ambulantes, empregadas domésticas, quitandeiras sem qualquer tipo de assistência e garantia; muitas ex-escravas eram tratadas como prostitutas. Os negros que não moravam nas ruas passaram a morar, quando muito, em míseros cortiços.  O preconceito e a discriminação e a ideia permanente de que o negro só servia para trabalhos duros, ou seja, serviços pesados deixaram sequelas desde a abolição da escravatura até os dias atuais.

( http://escolakids.uol.com.br/as-consequencias-do-fim-da-escravidao-no-brasil.htm )

  É sabido que a escravidão é um meio cruel de se obter mão de obra, mas dai a vir ser moeda de troca para benefícios para uma raça, nos dias de hoje acho um absurdo, pois não vemos cotas para os fugidos de guerra, que vieram em condições também sub-humanas para o nosso continente, mas procuraram obter ás custas de seus próprios esforços a liberdade.

 

  Outro exemplo que demonstra o erro do sistema atual de cotas, está nesta reportagem:

Nos primeiros dias de faculdade, percebi que os colegas de escola particular estavam muito à frente. Com a correção das provas, vi que nem sabia escrever direito. Dá vergonha”, conta Cláudia*,19, aluna cotista de geografia, da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). A experiência da mineira e de outros milhares de brasileiros formados pela rede pública mostra que a deficiência, de uma vida inteira, na qualidade da educação não termina imediatamente com a entrada na faculdade.


  Neste primeiro semestre de vigência da Lei de Cotas, estudiosos percebem a queda na qualidade dos calouros. Com a democratização do acesso às universidades federais promovida pelo Ministério da Educação (MEC), 12,5% das vagas foram destinadas a jovens de escolas públicas em 2013. O percentual será elevado, progressivamente, a 50%, em 2015.


  Quem convive com a desigualdade garante que o sinal amarelo aceso hoje será avermelhado em pouco tempo. Isso porque, ao mesmo tempo em que cresce o número de cotistas, o Sistema de Seleção Unificada (Sisu) – no qual estudantes do país concorrem às mesmas vagas – bate recorde de inscrições, o que eleva o nível da concorrência. Consequentemente, aumenta-se ainda mais a disparidade entre cotistas e não cotistas em sala, segundo o pró-reitor da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Eduardo Magrone.

( http://www.unb.br/noticias/unbagencia/cpmod.php?id=94775 )

 

  Para finalizar, antes de distribuir cotas nas faculdades e concursos públicos, devemos consertar a educação de base, cursei faculdade e estou por terminar minha pós-graduação, sem cotas, trabalho numa empresa onde em sua maioria, temos Ítalo-brasileiros e sem cota ou algum outro tipo de ajuda-coitadinho, fui subindo degraus na hierarquia, apenas mostrando meu trabalho, sendo reconhecido pelo que faço e não pela cor que tenho.

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